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Segurança
Segunda - 27 de Junho de 2011 às 18:53

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Peritos criminais da Polícia Federal estão reunidos no Instituto Nacional de Criminalística (INC) para definir a forma como será conduzida a investigação sobre os ataques a sites e instituições ligadas ao governo federal. A Polícia Federal foi acionada na última quarta-feira (22/6) para entrar no caso. A parte técnico-científica da investigação está a cargo do Serviço de Perícias de Informática (Sepinf) do INC.

“Ao longo da reunião devem ser definidos a quantidade de peritos que se dedicarão ao caso, bem como a forma como o trabalho será conduzido”, disse hoje o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Hélio Buchmuller, à Agência Brasil.

Segundo ele, em um primeiro momento, técnicos do Sepinf fizeram um levantamento das informações obtidas. Em seguida,analisaram os ambientes invadidos para ver o que havia, e só depois dessas análises serão definidas as medidas mais efetivas para o caso.

Além de buscar identificar a autoria dos ataques, a PF pretende apontar as falhas apresentadas nos sistemas invadidos. Essas conclusões serão encaminhadas à área de segurança de cada órgão.

Rastrear é possível

Na opinião do especialista em crimes eletrônicos e segurança na internet Marcelo Lau, considerado uma das autoridades brasileiras no assunto, é possível rastrear os responsáveis pelas tentativas de invasão nas páginas da Presidência da República, de ministérios, da Receita Federal e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo Lau, a Polícia Federal (PF) tem instrumentos para identificar os hackers ou crackers mesmo que eles estivessem no exterior e usando vários computadores.

Se estiverem fora do país será um caminho mais longo, segundo Lau, que faz questão de frisar que não existe anonimato absoluto. As máquinas fazem os registros, segundo ele, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, este fim de semana. Para ele, a PF “está muito bem preparada e equipada".

“Na conversa que tive com os colegas da área, fui informado que ainda não dá para avaliar o grau de dificuldade dessa investigação. Isso só será possível na medida em que elementos mais concretos sejam obtidos, o que deve acontecer nos próximos dias”, adiantou o presidente da APCF.

Segundo ele, muitos dos dados supostamente confidenciais, cuja divulgação foi atribuída aos ataques recentes, não foram necessariamente obtidas em decorrência do ataque.

“Aparentemente, muitas das informações divulgadas pela mídia sequer são informações confidenciais e podem ser obtidas por outros caminhos ou outras fontes”, disse Buchmuller, referindo-se a alguns dos dados pessoais de políticos, divulgados após o ataque. “Dá para você obter essas informações em sites como o do Tribunal Superior Eleitoral”.





Fonte: IDG NOW

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